conhecem a rotina de rendeiras e se preparam para rádio-documentário
Na última quarta, dia 5, estudantes do 7° período de jornalismo na Universidade Tiradentes visitaram a cidade de Divina Pastora a fim de buscar informações sobre a renda irlandesa, um dos artesanatos mais exclusivos do estado de Sergipe. A intenção é fazer um rádio-documentário tratando sobre os mais variados temas.
Os alunos Delano Mendes e Alcione Martins conversaram com a rendeira Maria Elida dos Santos, de 62 anos, que desde jovem confecciona as peças artesanais. Dona Elida explicou aos futuros jornalistas, que gravavam a conversa, como aprendeu, quais os principais pontos de renda (redinha, cocada, jacaré), quais eram os estágios de confecção da peça desde o contorno das linhas até a soltura dos pontos.
Questionada sobre quais produtos fazia, Dona Elida afirmou que sabe compor os mais diversos tipos de peças. Flores para broches, brincos, marcadores de livro, capinhas de celular, caminhos de mesa, colchas, toalhas. Uma infinidade de produtos capaz de encantar aos clientes mais exigentes por ser um produto fino e delicado.
Além de Dona Elida, a rendeira Adelcília Carvalho também foi entrevistada. Cilinha (como é conhecida na cidade) diz ter aprendido a fazer renda aos 12 anos. Hoje, com 34, se considera uma rendeira razoável: “ainda falta para chegar aos pés das antigas rendeiras”, afirma com modéstia.
Adelcília Carvalho, mais conhecida como Cilinha: "Tenho medo da renda morrer". Foto: Lara Gouvêa / Ascom
Filha de uma das rendeiras mais tradicionais de Divina Pastora, Cilinha se orgulha ao falar da mãe, conhecida como Dona Zú: “ela já foi para várias conferências, feiras nacionais e internacionais. Já foi à Espanha, à Argentina. O trabalho dela proporcionou a ela conhecer o mundo, afinal é um trabalho muito bonito”, fala orgulhosa. E completa: “Tenho medo da renda morrer. Por isso estou passando meus ensinamentos às minhas filhas”.
Envolvida com a associação das rendeiras de Divina Pastora, A secretária municipal do controle interno Maria do Socorro Rocha também foi uma das entrevistadas. Ela contou a história da chegada da renda à cidade com duas freiras irlandesas, além de explicar sobre a diversidade de desenhos existentes (floral, infantil, religioso). “Este artesanato é uma renda extra às famílias. É um complemento capaz de trazer dignidade”, conclui Maria do Socorro.
O rádio-documentário deverá ser transmitido no Notícias em 10, um programa realizado pelos estudantes do 7° período de Jornalismo da UNIT e veiculado nos auto falantes dos minis shoppings no campus Farolândia no início de junho.
Alcione Martins, que também trabalha para o portal de notícias Infonet (www.infonet.com.br) afirmou que ainda esta semana será veiculada uma matéria especial sobre a renda irlandesa de Divina Pastora. Ambas as divulgação serão postadas no blog quando forem publicadas.
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